TCE é qualquer agressão que
acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo,
crânio, meninges ou encéfalo. Esta lesão ao cérebro provoca uma variedade de
comportamentos motores sensoriais, comportamentais, podendo estes serem
temporários ou permanentes.
A principal causa do TCE são
lesões mecânicas como acidentes automobilísticos, atropelamentos, acidentes com
motocicletas, quedas, armas de fogo e as vitimas estão entre 1 a 45 anos
principalmente em jovens do sexo masculino, o trauma mecânico pode atingir mais
de 40% das internações.
Pacientes com TCE ou qualquer
outro tipo de lesão traumática grave necessitam de ventilação e oxigenação
encefálica de emergência, evitando maiores danos ao cérebro, exigindo
monitorização rigorosa e possibilidade de intervenção cirúrgica, eles acabam
permanecendo por longos períodos em ventilação mecânica (VM). Nesses casos, a
traqueostomia é freqüentemente indicada, pois facilita a remoção de secreções
pulmonares, diminui o desconforto com a via aérea artificial e aumenta a
mobilidade do paciente no leito.
O estudo é para definir as
principais causas de TCE, constando no questionário idade, sexo, gênero, data
da ocorrência, localidade, causa do trauma, tratamento, infecção, ECG, óbito,
alta hospitalar.
Estudo realizado no hospital das
clinica na Unicamp com pacientes maiores de 14 anos com pontuação na escala de
glasgow de <10 e submetidos a VM por mais de 48 horas.
Os pacientes foram acompanhados
por pesquisadores para observar o momento da retirada de VM e tempo, infecção
pulmonar e tempo de internação hospitalar.
Vitimas por acidentes com meios
de transporte foi a maior porcentagem registrada nos hospitais chegando a 40,7%
das vitimas, 25,4% vitimas por agressões com ou sem armas e 24% por quedas, as
principais causas de internações foram por atropelamentos e quedas de altura já
que a grande maioria nesse hospital não possui veículos.
Os pacientes formaram três grupos
como TP - traqueostomia precoce ate o 6º dia. TI intermediaria 7º-11º dias e TT
tardia após 12 dias. Foram avaliados 72 pacientes 36 foram excluídos do estudo
por morte encefálica (14), não realizou traqueostomia (25), fora esses 36
excluídos ao total foram avaliados 33 pacientes comparando sexo, idade, ECG e
APACHEII que é um índice que pode ser calculado após admissão imediata do
paciente no hospital, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI), e
que leva em considerações variáveis fisiológicas, idade e doença crônica.
• No grupo TP (10 pacientes) - O tempo de VM
foi menor que os outros, quatro
pacientes apresentaram pneumonia, a pontuação de ECG foi mais baixa nesse grupo
e o tempo de internação hospitalar, um paciente foi a óbito antes do desmame da
ventilação.
• No grupo TI (12 pacientes) - Menor tempo de
internação associados a pacientes mais jovens, oito apresentaram pneumonia, ECG
um pouco maior que TP, um óbito.
A traqueostomia é indicada para
pacientes que ficam um tempo prolongado ao VM com lesão encefálica grave,
existem controvérsias sobre as verdadeiras vantagens e desvantagens desse
procedimento, como alguns estudos dizem que a traqueostomia pode causar necrose
tecidual, estenose subglotica e laríngea por causa dos movimentos e pressão do
tubo na mucosa.
Um ECG de menor pontuação o tempo
é maior para a recuperação desses pacientes como no grupo de TT também
pacientes mais velhos é maior o tempo de internação na UTI. Alguns estudos
dizem que quanto mais cedo a traqueostomia for realizada menos o risco de
infecções como pneumonias associadas a VM e a higienização com traqueostomia fica mais facilitada devido
a cânula e menor risco de broncoaspiração. O resultado desse estudo é que
pacientes traqueostomizados ate o 6º dia (TP) pode reduzir o tempo de VM, mas
não o tempo de internação hospitalar em pacientes com TCE grave e pontuação de
ECG menor. As vitimas de TCE internadas por agressões estão cada vez aumentando
nas grandes metrópoles e vitimas que ingeriram bebidas alcoólicas também.
A fisioterapia tem como principal
objetivo nesses pacientes com TCE:
• Manter e melhorar a higiene brônquica com
exercícios de vibrocompressão torácica, aspiração de vias aéreas inferiores e
superiores quando necessário.
• Reexpandir bases pulmonares técnica de
compressão e descompressão súbita em áreas torácicas permitidas
• Prevenir escaras de decúbito mudança de
decúbito a cada 2 horas, hidratação da pele e lençóis esticados.
• Manter e melhorar o retorno venoso e a
relação V/Q exercícios metabólicos para MMII e exercícios respiratórios
• Prevenir contraturas, deformidades articulares
e musculares exercícios metabólicos, alongamentos musculares, descarga de peso
no leito e posicionamento correto.
É importante que PIC seja
monitorada durante qualquer intervenção fisioterápica e, se ela começar a
aumentar, a intervenção deve ser modificada imediatamente. Drenagem postural
tipicamente precisa ser modificada uma vez que a posição depende da cabeça e há
riscos de aumentar a PIC (pressão intracraniana).
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